Proteção solar no inverno e na altitude: como o frio e a neve aumentam o impacto dos raios UV

Por Marketing - Dermalog • 9 de dezembro de 2025 Compartilhar

O frio costuma enganar. Quando a temperatura cai, muita gente assume que o sol "perde força", que a pele corre menos riscos e que o protetor solar pode ficar esquecido na mochila. Só que a física, a dermatologia e as montanhas contam outra história.

A ausência de calor não significa ausência de radiação. A sensação térmica simplesmente não acompanha o dano real. E, conforme cresce o turismo de inverno, as viagens para Andes, Patagônia, Serra da Mantiqueira, Bolívia, Colorado, Alpes, e os esportes como snowboard, esqui, trekking e montanhismo, aumentam também os episódios de queimaduras, ressecamento severo e inflamação.

Neste artigo, você vai entender por que sol no frio é tão agressivo quanto sol no verão, como a altitude multiplica a radiação UV e o que muda na rotina de proteção de quem vive aventuras em ambientes gelados.

1. Por que frio não significa proteção

O corpo humano se orienta por sensações, não por índices de radiação. Se a pele não esquenta, o cérebro não aciona o alerta. Mas os raios UVA e UVB continuam atravessando atmosfera, nuvens, vento e baixas temperaturas, independentemente do que você sente.

É por isso que quem esquia, pedala na serra, atravessa os Andes ou faz trilhas de inverno costuma voltar com o rosto em "máscara", nariz queimado, lábios rachados e regiões como pálpebras e maçãs do rosto muito sensibilizadas.

A ciência é clara: temperatura é uma coisa; radiação eletromagnética é outra. Misturar as duas é pedir problema.

E como o turismo de montanha cresce, cresce também a exposição prolongada em ambientes que aumentam, e muito, a incidência de UV.

2. O mito de que "no inverno não precisa de protetor solar"

Esse mito é antigo e teimoso. Ele nasce de um raciocínio simples: se está frio, não queima. A dermatologia desmonta isso facilmente.

Ausência de calor ≠ ausência de UV

A radiação UV não depende da temperatura. Ela depende da posição do sol, do tipo de nuvem, da altitude, do albedo (reflexão do solo) e da espessura da atmosfera.

O céu nublado engana

Nuvens bloqueiam sensação térmica, não radiação. A penetração de UV permanece alta e pode, inclusive, aumentar quando a luz reflete entre as nuvens.

UVA continua ativo o ano todo

No inverno, a radiação UVB reduz um pouco, mas a UVA, responsável pelo fotoenvelhecimento e por danos celulares profundos, segue praticamente constante.

Resultado: a pele sofre desgaste contínuo, silencioso e acumulativo.

3. Como a altitude altera a radiação solar

A altitude é um multiplicador de radiação. Não é percepção, é matemática.

10% a 12% de aumento de UV para cada 1.000 metros

A Organização Mundial da Saúde confirma: quanto mais alto, mais fina é a camada atmosférica filtrando radiação. Isso significa que a cada subida significativa, a intensidade UV fica mais agressiva.

A camada de ar se torna menos espessa em montanhas, aumentando o impacto dos raios UV por simples diminuição do filtro atmosférico natural.

Por que a atmosfera filtra menos em altitude

Imagine a atmosfera como um escudo. Quanto mais alto você está, menor parte do escudo existe entre você e o sol. Simples, direto e perigoso.

Exemplos brasileiros

Campos do Jordão, Serra do Cipó, Pico da Bandeira, Aparados da Serra. Regiões com altitudes moderadas a altas, clima frio e bastante vento: combinação perfeita para aumentar risco de queimadura e ressecamento.

Exemplos internacionais

Andes, Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Patagônia, Colorado, Utah, Alpes, Dolomitas. Aqui a radiação pode quase dobrar. Em altitudes acima de 3.000 a 4.000 metros, o impacto é brutal para olhos e pele.

4. A neve como multiplicador de radiação

Se a altitude aumenta, a neve multiplica. A American Academy of Dermatology alerta: a neve reflete até 80% dos raios UV, um espelho natural apontado para o seu rosto.

Esse fenômeno é explicado pelo conceito de albedo: superfícies claras refletem mais radiação, devolvendo para a pele o que o sol enviou de cima.

Queimadura em "dupla camada"

Você recebe UV direto do sol + indiretamente da neve. Por isso as áreas mais altas do rosto, nariz, bochechas, queixo e pálpebras, sofrem tanto.

Esportes mais afetados

Snowboard, esqui, trekking gelado, montanhismo, patinação no gelo. Movimentos longos ao ar livre, suor frio e respingos de neve agravam ainda mais a sensibilidade da pele.

5. Inverno urbano: danos silenciosos

Mesmo no cotidiano das cidades, o inverno não alivia.

UV ainda presente

Mesmo no inverno brasileiro, os índices UV permanecem entre moderados e altos (5 a 6) em várias capitais, nível suficiente para causar dano celular significativo.

Pele mais ressecada = mais vulnerável

O frio diminui a produção de lipídios naturais da pele, deixando a barreira cutânea enfraquecida e mais suscetível a fissuras e inflamação.

Janelas não filtram UVA

Vidros bloqueiam UVB, mas deixam passar UVA, justamente o tipo associado ao fotoenvelhecimento e ao câncer de pele. Isso significa que trabalhar perto da janela continua exigindo proteção.

Reaplicação e suor frio

Mesmo sem calor, a pele transpira levemente em movimentos como caminhada, bike e tarefas do dia a dia. Esse suor frio remove parte do filme protetor do protetor solar.

6. Vento, frio e ressecamento: a combinação mais agressiva

Barreira cutânea fragilizada

O vento remove lipídios naturais, desidrata e deixa a pele mais sensível ao impacto dos raios.

Lábios e pálpebras: regiões de maior risco

Por terem pele fina, são as primeiras a sofrer rachaduras, lesões, ardência e descamação.

O vento remove o filme protetor

Quando você usa um protetor inadequado, o vento literalmente "varre" a película, reduzindo a eficiência.

Suor frio dos esportes

A mistura de suor + vento + altitude cria microabrasões que aumentam a ardência ao sol, problema comum em trekkers e snowboarders.

7. Rotina de fotoproteção ideal para altitude e inverno

Proteger no inverno é ajustar não só o quanto você usa, mas como você usa.

Texturas aderentes

Ambientes frios exigem protetores que não derretam, não escorram e não se desloquem com o vento.

FPS não depende de frio, mas de tempo de exposição

FPS alto não é "luxo" de verão, é necessidade de duração. Quem passa horas na montanha precisa de resistência real.

Resistência a vento, suor e neve

Água e suor são óbvios. O que muita gente não sabe é que a neve respinga e a umidade congela. Produtos sem performance perdem proteção rápido nesses cenários.

Reaplicação estratégica

Em trilhas longas, o ideal é reaplicar conforme o tempo declarado de resistência do protetor, ou sempre que houver suor, vento excessivo ou contato com neve.

Cuidados extras

• Hidratante labial com FPS

• Bandanas, gorros e roupas com proteção UV

• Proteção reforçada em nariz e orelhas

• Óculos com filtro UV para proteger pálpebras e córneas

8. Equipamentos que interferem na exposição

Gorros, máscaras e neck warmers ajudam, mas não eliminam o risco.

Reflexão atinge áreas cobertas

A radiação refletida pela neve pode entrar por frestas, como entre máscara e óculos. A queimadura nessa região cria o famoso "tan do esquiador".

Óculos escuros são essenciais

Além de proteger a pele ao redor dos olhos, evitam riscos graves como ceratite solar, comum em altitudes elevadas.

9. Checklist para quem vai viajar para a neve ou montanha

• Protetor solar de alta resistência

• Protetor labial com FPS

• Óculos com filtro UV

• Camadas de roupa com proteção UV

• Garrafa de água (hidratação externa e interna são inseparáveis)

• Reaplicação programada: antes de sair + metade do percurso + após suor, neve ou vento forte

• Atenção aos intervalos ao sol durante descanso, filas de teleférico ou travessias expostas

10. Onde entra a Suntech (tecnologia para condições extremas)

Para quem vive esporte, aventura e viagens em altitude, o desafio não é só proteger, é garantir que a proteção permaneça.

A tecnologia de aderência do Grip System® foi criada justamente para cenários extremos: vento gelado, suor frio, respingos de neve e longas horas de exposição. Esse sistema mantém o protetor na pele por mais de 5 horas, mesmo em condições severas, impedindo que escorra, desloque ou perca eficiência.

Combinado à tecnologia BioAdapt®, os ativos amazônicos, como a manteiga de cupuaçu, ajudam na hidratação, algo essencial em ambientes frios e secos.

Por isso, para trekkers, esquiadores, snowboarders, viajantes de altitude e quem vive um inverno urbano mais intenso, a performance da proteção solar faz diferença real na saúde da pele.

Leia mais sobre proteção solar e cuidados com a pele: Blog Dermalog

Fontes consultadas: Organização Mundial da Saúde (OMS), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), American Academy of Dermatology (AAD), Harvard Medical School, Journal of Clinical Dermatology.